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Ecopsicologia/Egocentrismo e Teocentrismo Egocentrismo e TeocentrismoNão há dúvida de que uma cosmovisão teocêntrica requer tempo para se formar – não basta ler este livro, não é suficiente compreender o conceito intelectualmente. É necessário experienciar Deus directamente. Só então nos será possível ver as situações terrenas e o nosso lugar dentro delas com Seus Olhos, por assim dizer, e a partir da Sua posição. Mas enquanto não tivermos conseguido experienciar Deus, podemos preparar-nos para aprender o Teocentrismo lutando contra o nosso egocentrismo. A renúncia voluntária aos prazeres pessoais pelo bem dos outros seres e a eliminação da arrogância constituem o princípio desta luta. Uma alternativa ao egocentrismo é CUIDAR verdadeiramente dos outros seres de uma maneira razoável, sem violência nem rudeza. Isto implica colocar os interesses deles antes dos nossos. A responsabilidade pelo bem-estar de outras pessoas, quer da própria família ou outro grupo, oferece-nos a possibilidade de desenvolver as qualidades necessárias. Durante este processo, a sensação de “eu” do líder deve ser substituída pela sensação de “nós”, na qual não há interesse pessoal. O egocentrismo e altruísmo percepcionam-se muito claramente nas relações sexuais. “Durante uma interacção pessoal, comporto-me de acordo com os interesses do outro, ou com os meus?” – esta é a indagação fundamental no processo de auto-análise e auto-controlo. Qualquer tipo de violência ou de coacção no sexo é uma manifestação de características da alma detestáveis. Outro exemplo da manifestação do egocentrismo é a falta de preocupação do homem por evitar a gravidez indesejada da companheira, ou ainda quando ele, depois da defloração, continua o coito para sua satisfação, ignorando a dor da sua “amada”. A investigação revelará muitos exemplos semelhantes. A conduta sexual de muitas mulheres não é menos reprovável. Analisemos agora o assunto da alimentação. A grande maioria das pessoas come derivados de cadáveres de animais sem parar para pensar na dor e sofrimento que estes foram obrigados a experienciar, tendo sido mortos apenas para satisfação do prazer passageiro gustatório cruel de quem os come. A alimentação com comida “derivada de matança” (carne, peixe, marisco) não é uma necessidade: o ser humano pode obter todos os nutrientes que lhe são essenciais das plantas, dos produtos lácteos e dos ovos. A comida “derivada de matança” contamina os nossos organismos com sais de ácido úrico (o que leva às diversas manifestações de gota) e com as energias grosseiras que impregnam os corpos dos animais quando sentiram o medo e a dor da morte*. O consumo de cadáveres de animais não é compatível com o progresso espiritual e indica, entre outras coisas, a imaturidade ética das pessoas que assim se alimentam. Deus tem-no repetido numerosas vezes [10,14,18]. Ainda assim, podemos ver como muitos pseudo-sacerdotes exigem das pessoas que se alimentem com a comida “de matança”, “porque senão”, afirmam eles, “existe a possibilidade de que comecem a orgulhar-se pelo facto de não comerem corpos de animais”! Estes “sacerdotes” deveriam parar e compreender que agem contra Deus e contra a Evolução, mutilando as almas humanas que neles confiam! O que Deus quer de nós é Amor. * * * Certas técnicas meditativas especiais podem ser de grande utilidade na auto-libertação da eu inferior egocêntrico. Refiro-me à aprendizagem progressiva da meditação reciprocidade total. Essencialmente, consiste na entrada activa da consciência no estado de não-eu, estado em que ela se espalha perifericamente em redor do corpo, com o vector da atenção direccionado da periferia para o corpo. É mais uma maneira de quebrar o egocentrismo, e um passo fundamental é dado em direcção à União com Deus, e à capacidade de percepcionar as situações terrenas a partir da Sua posição, com os Seus olhos. Este método permitir-nos-á ainda, no final do Caminho, entrar em União total com o Criador em Sua Morada.
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