BHAGAVAD-GITA com comentarios/Citações mais importantes do Livro do esforço (Livro 5 do Mahabharata)
Citações mais importantes do Livro do esforço
(Livro 5 do Mahabharata)
“Não causar mal através da violência é a regra mais importante que leva à felicidade.
Quem quer alcançar o bem-estar deve evitar seis vícios: a sonolência, a indolência, o medo, a raiva, a preguiça e a procrastinação.
Aquele que nunca é arrogante, que jamais fala com menosprezo sobre os outros, que mesmo perdendo o auto-domínio nunca diz palavras rudes, tal pessoa é sempre querida por todos.
Assim como as estrelas são influenciadas pelos planetas, o mundo interior (do ser humano) é influenciado pelos (seus) indriyas quando estes, descontrolados, são direccionados para os objetos materiais.
Os tolos ofendem os sábios com críticas reprovadoras injustas e maldizeres. Mas aqueles que falam mal de alguém incorrem eles próprios em pecado. Por outro lado, o sábio, perdoando as ofensas, liberta-se dos pecados.
São tolos (…) aqueles que tratam de ensinar a quem é impossível ensinar (e) (…) aqueles que falam com aquele que os escuta com desconfiança (…).
Causar dano através da violência é a força das pessoas perversas; o perdão, por outro lado, é a força dos virtuosos.
Não faças aos outros o que é repugnante para ti. Isto é justiça, resumidamente.
Conquista a raiva com o perdão; ao perverso há que conquistá-lo com a bondade; ao avarento há que educá-lo com a generosidade; e a mentira há que vencê-la com a verdade.
Nunca se devem tentar realizar boas acções sob a influência da paixão, do medo ou da ambição (…).
Ansiar por prazeres cativa a pessoa e depois causa paixão e raiva nela.
Eu reconheço como um brahman aquele que é capaz de conhecer e explicar (a Verdade) aos outros; aquele que, tendo resolvido os seus próprios problemas, explica os problemas dos outros.
(…) Aquele que permanece na Verdade e que conheceu Brahman é considerado como brahman.
Não é possível conhecer Brahman com pressa. Ao conhecimento sobre o Não-Manifestado eu chamo eterno, e este conhecimento é obtido por aqueles que guardam o voto do aprendizado (…). O corpo é criado por dois: o pai e a mãe (…). Mas o (verdadeiro) nascimento (…) liberta da velhice e dá a Imortalidade. O discípulo (…) deve aspirar com diligência aos ensinamentos. Que jamais se orgulhe ou se enraiveça!
Através dos seus actos (no mundo material), as pessoas alcançam apenas os mundos limitados. Por outro lado, aquele que conhece Brahman alcança tudo através disto. E não há outro caminho para a salvação definitiva!
O Refúgio Celestial mais importante não se encontra na superfície da Terra, nem no espaço aéreo, nem no oceano. Não está nas estrelas nem no relâmpago. A sua forma não se vê nas nuvens, nem no vento, nem entre os “deuses”, nem na lua, nem no sol. Não se descobre nos hinos, nem nos provérbios sacrificiais, nem nos feitiços, nem nos cantos. Não se vê nas melodias (…) e nem sequer nos grandes votos (…).
Está para além da escuridão (…).
É mais subtil que o subtilíssimo, mas também é grande, maior que as montanhas.
É o Fundamento Inquebrável, a Imortalidade (…), a Essência Eterna (do universo).
É a Luz Brilhante, a Glória Suprema (…).
Isto, o Divino e Eterno, pode ser contemplado pelos yogis.
D´Este se origina Brahman e, graças a Este, Brahman cresce.
Nada pode vê-Lo com os olhos (do corpo). No entanto, aquele que O conhece com a aspiração da mente e do coração, torna-se Imortal.
Sou o Pai, a Mãe e também o Filho!
Sou a Essência de tudo que foi, é e será! (…)
Eu, mais subtil que o subtilíssimo, o Benevolente, estou desperto em todos os seres.