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Conhecimento contemporâneo sobre Deus, sobre a evolução e o significado da vida humana.
Metodologia de desenvolvimento espiritual.

 
Conselhos acerca da nutrição
 

Ecopsicologia/Conselhos acerca da nutrição


Conselhos acerca da nutrição

Em certa altura, Deus explicou às pessoas os princípios da nutrição através do profeta: “(…) Olhem, dou-vos todas as plantas que produzem semente e todas as árvores que dão fruto; tudo isto vos servirá de alimento”. Este preceito foi anotado na Bíblia judaica (Génesis 1:29). Depois Deus adicionou através do outro profeta: comam tudo, “mas carne com a sua vida, com o seu sangue, não comam (Génesis 9:1-4). De que fala esta frase? Esta frase fala da nutrição “sem matança”. Por outras palavras, comam todas as plantas comestíveis, usem o leite e os ovos, mas não matem para comer os animais em cujos corpos vocês veem sangue.

Que inventaram então os judeus astutos e glutões que receberam este mandamento? Eles continuaram a matar animais, mas deixavam que o seu sangue saísse e depois comiam a sua carne. Sim, sem sangue. Eles fingiram que tinham entendido que a vida do animal era o seu sangue. Mais tarde, esta mesma técnica para “enganar” Deus foi utilizada pelos “cristãos” glutões, os quais simplesmente não incluíram as objecções de Jesus Cristo acerca deste tema no Novo Testamento [10,18].

Mas o cristianismo verdadeiro é o Ensinamento do Amor. Por acaso causar o sofrimento de outros seres para satisfazer as nossas paixões carnais é compatível com o título de cristão?

Os cristãos verdadeiros não são aqueles que recebem formalmente um baptismo sem se propor a seguir os Ensinamentos de Cristo, nem, claro está, são aqueles que foram baptizados sabe-se lá com com finalidade em criança. Tão pouco são os que levam um colar com a cruz. São os cruzados os que levam as cruzes, verdade?

Os verdadeiros cristãos são aqueles que seguem os Ensinamentos de Deus, os que nos foram transmitidos através de Jesus Cristo e através de outros Messias. A essência destes Ensinamentos pode ser expressa brevemente nas seguintes frases:

1. Deus é Amor.

2. Devemos unir-nos com Ele com a finalidade de O enriquecer connosco mesmos.

3. Para o conseguir, devemos transformar-nos em Amor, como Deus o é.

Aqueles que não seguem estes Ensinamentos não têm direito a chamar-se cristãos e não são nada mais do que uns perversos, uns “cristãos” entre parênteses.

Nesta vida terrena, eu nasci e cresci numa família de ateus comunistas. Ali, como em quase todas as famílias “soviéticas”, não reflectiam em absoluto acerca do pecado nem acerca da compaixão. E, como todos os outros, eu comi carne e peixe durante a infância, porque esse era o costume. Até cheguei a ser um pescador e caçador que matava e fazia sofrer os animais sem nenhum remorso de consciência e sem pensar que alguém, para além de mim, podia sentir dor.

Só quando trabalhei na Academia de Ciências como membro investigador principal, comecei a reflectir pela primeira vez no meu direito a matar animais. Mas de seguida inventei uma justificação para mim: não podemos viver sem carne nem peixe; portanto, objectivamente, tenho direito a conseguir esta “comida” para mim próprio, já que o posso fazer como um caçador e pescador, e não através de outros.

Depois sucedeu o seguinte comigo. Eu, sem a minha espingarda, aproximei-me da margem de um lago e espantei uma família de patos, a mãe com os seus dez patinhos que ainda não sabiam voar. Eles afastaram-se da margem e juntos, como um grupo, nadaram uns 50 metros em direcção a uma ilha pequena. No entanto, sem que eu o soubesse, ali encontrava-se escondido outro caçador que, quando a família de patos se aproximou, os fuzilou a todos com dois tiros.

Naquele então, percebi pela primeira vez a morte das vítimas deste entretenimento cruel que é a caça como um drama. A minha perturbação ia crescendo devido ao facto de que eu fui a causa da sua morte ao tê-los espantado involuntariamente. No entanto, em seguida me dei conta de uma contradição, pois se eu os tivesse matado, não teria ficado perturbado! Teria ficado alegre pela boa sorte e pelos ricos troféus de caça!

Mais tarde tive oportunidade de viajar por Carelia num autocarro com uns trabalhadores florestais. Eles tinham tomado vodka depois do trabalho e pensavam ir pescar peixes à noite com arpão à luz de um reflector. Mas enquanto viajávamos, um deles de repente sentiu-se muito comovido e começou a pensar em voz alta: “Como é possível arpoar um peixe vivo? Está vivo! E com um arpão!” Ele repetia estas frases sentidamente dirigindo-se com esta pergunta a si próprio e aos companheiros. Via-se que estava quase a alcançar a grande descoberta, a grande compreensão.

Mas os seus companheiros permaneceram calados e simplesmente sorriam pensando: “Isto é o que acontece quando um se embebeda”.

Então ele, sem ter encontrado o seu apoio, de súbito envergonhou-se da sua “debilidade” e exclamou: “Sim, vamos arpoar peixes vivos!”. Assim o assunto foi encerrado.

Noutra ocasião, eu caçava patos num lago. Feri uma fêmea e, tratando de a rematar, continuava a disparar, mas ela, vendo os meus tiros, conseguia mergulhar antes de que a munição a alcançasse. Então agi com astúcia e, guiando o meu barco, desviei-o para o baixio onde não podia nadar. Ela entendeu-o e deixou de resistir. Eu disparava uma e outra vez, e o chumbo atravessava o seu pequeno corpo. Estando ferida, com as asas destruídas, ela apenas gritava de dor e temor sem poder salvar-se. Os seus clamores, assim como os clamores de todos os que foram assassinados cruelmente e sem culpa, provavelmente eram: “Porquê? Não fiz nada de mal nem a ti nem a ninguém! Tem piedade! Porque me causas esta dor atroz?” Mas aproximava-me cada vez mais, apontava e disparava! Apesar disto, ela não morria de nenhuma maneira! Apenas quando consegui aproximar-me ao máximo consegui romper a sua cabeça com um tiro.

Depois comemos o seu corpo crivado pelas munições, mas eu naquele então não obtive disto nenhum prazer gustativo.

A minha última caça foi ao alce. Durante esta os olheiros levaram um fêmea para a linha dos atiradores. Os últimos começaram a disparar e feriram-na. Então ela lançou-se aos olheiros e eles também dispararam. As minhas duas balas romperam-lhe a coluna. Depois outros caçadores dispararam outra vez. Recordo que um deles, ao escutar os sons produzidos pelos numerosos disparos se emocionou tanto que começou a gritar na sua exaltação: “Isto é música!” Por fim, ela caiu.

Quando me aproximei, já não respirava. Mas um caçador contou-me que depois de cair, se arrastou ainda mais de 50 metros deixando na neve um rasto cheio de sangue. Em nenhuma alma houve compaixão.

Eu próprio disparava pensando na carne, e não na dor deste belo animal.

Desde aquele então deixei a caça e inclusive vendi a minha espingarda.

Mais tarde, quando me encontrei com uma pessoa competente, da qual cheguei a saber pela primeira vez que há Deus e que a Ele não Lhe agrada que comamos corpos de animais, já estava preparado para renunciar completamente a este terrível vício.

Posteriormente, estudei a literatura científica da fisiologia da alimentação e convenci-me de que nos corpos dos animais não há nenhum componente essencial para o ser humano que não possa ser substituído por componentes similares obtidos dos produtos vegetais, lácteos e dos ovos. No leite e nos ovos encontram-se, entre outras coisas, todos os chamados aminoácidos essenciais, componentes importantíssimos das proteínas. Assim concluí que a alimentação com carne e peixe não é uma necessidade, mas sim uma clara manifestação do vício da gula e do desejo de satisfazer o próprio capricho gustativo à custa da dor e da morte de outros seres!

E que ninguém procure justificação dizendo que “eles” matam, eu não. Eu simplesmente compro e como. Pois não! “Eles” matam para nós! Deste modo somos cúmplices da matança de seres inocentes que foram encarnados, não para que os matemos, mas sim para cumprir as suas seguintes etapas evolutivas nos corpos dados a eles por Deus. Nesses corpos estão encarnadas almas parecidas às almas humanas, só que mais jovens na sua evolução, como se fossem crianças em comparação connosco.

Eu matei muitos animais.

Desde a infância fui acostumado a colocar minhocas vivas nos anzóis. Naquele então, não podia imaginar como seria estar no seu lugar. Mais tarde os peixes sofriam nos mesmos anzóis.

Eles não “adormecem” como dizem os pais cruéis para consolar os seus filhos que sentem pena dos peixinhos moribundos. Cada peixe, ao morrer, experiêncía o horror, a dor das feridas e o sofrimento da asfixia.

Depois comecei a disparar a alvos vivos, a aves e animais.

Depois cheguei a ser um ecólogo e um zoólogo e milhares de animais morreram nas minhas mãos, desta vez não para se transformarem em comida, mas para a realização de “experiências científicas”.

Mais tarde, trabalhando em medicina, também cortava e matava ratazanas e coelhos, estes animaizinhos tão ternos e carinhosos.

Quando, por fim, me dei conta do que tinha feito, de repente cheguei a ser consciente de toda a sua dor. Arrependi-me e pedi-lhes perdão, mas parece que não sofri o suficiente durante o meu arrependimento.

Por isso, depois de muitos anos, quando me atacou, sem nenhum motivo e sem eu ter tido oportunidade de defender-me, um bárbaro de dois metros de altura mutilou mortalmente o meu corpo, pelo que depois estive agonizando no meio de uma dor atroz… Eu também poderia ter ficado perplexo e perguntar: “Porquê? Se não fiz mal a ninguém”.

E algum dia, possivelmente nas suas futuras vidas terrenas, ele e os membros do seu bando (cuja mão-de-ferro era ele naquele então), também agonizarão entre sofrimentos e gemerão: “Porquê?”.

* * *

Frequentemente, pessoas que nunca pensaram antes no que comem, depois de escutar um palestra acerca da compaixão e depois da a aceitar, de repente perguntam-se: “Mas que podemos comer então em vez da carne e do peixe?” Por isso falaremos brevemente dos princípios gerais da nutrição.

Primeiro, regra geral, é desejável ter na nossa alimentação os cinco grupos de elementos nutritivos: as proteínas, as gorduras, os hidratos de carbono, as vitaminas e os minerais. As dietas empobrecidas intencionalmente, entre as quais estão as “monodietas”*, podem usar-se eficazmente com fins terapêuticos, mas não devem prolongar-se por demasiado tempo. Um pode seguir tal dieta, depois de consultar necessariamente com um especialista, por 1, 3, 7, 30 ou 45 dias, dependendo da gravidade da sua doença e da táctica de cura escolhida.

Um jejum total de 72 horas (durante o qual um deve necessariamente beber água!) também possui efeitos curativos e depurativos. No entanto, se desejam jejuar durante mais tempo, é melhor que o façam sob o controlo de um especialista em jejum curativo. A saída do jejum deve ser suave. As primeiras refeições é melhor fazê-las de sumos e frutas. Para além disso, durante alguns dias há que excluir o sal comum da comida, caso contrário podem aparecer edemas nos tecidos.

As proteínas, as gorduras e os hidratos de carbono encontram-se em diferentes proporções nos diversos produtos naturais (no leite, grãos, verduras, etc). Segundo isto, podemos classificar os alimentos em: os de alto conteúdo proteico, os de alto conteúdo em hidratos de carbono e os de alto conteúdo em gorduras.

Os de alto conteúdo proteico são o leite, os produtos lácteos (requeijão, queijo, etc), os ovos, as nozes, os cogumelos, a soja, as ervilhas, os feijões e as favas. As proteínas podem ser diferentes dependendo dos agrupamentos de aminoácidos que as compõem. Os aminoácidos também se dividem nos “não essenciais” (isto é, aqueles que podem ser produzidos dentro do organismo humano) e os “essenciais” ou “indispensáveis” (aqueles que o organismo humano não pode produzir e, portanto, deve recebê-los com a comida).

Assim, os produtos que contêm a totalidade dos aminoácidos “essenciais” são os melhores provedores de proteína para o organismo humano. Estes são o leite e os ovos. O seu consumo assegura a qualidade da nutrição do ponto de vista do seu valor proteico completo. Mas se não há produtos lácteos, nem ovos, há que tratar de consumir outro tipo de alimentos, especialmente aqueles que pertencem ao grupo de alto conteúdo proteico.

Devemos ainda ter em conta que as leguminosas, quando consumidas em grandes quantidades, provocam a produção abundante de gases no intestino. O mesmo podem provocar a cevada e o centeio e, entre os adultos, o leite (mas não o requeijão nem o queijo). Neste caso, é melhor tomar leite em pequenas quantidades ao entardecer sem combiná-la com nada. A propósito, o leite azedo digere-se melhor neste caso.

A produção de gases também sucede ao combinar uma grande quantidade de alimentos gordurosos ou albuminosos* com os doces.

Tão pouco é recomendável comer ovos ou outros alimentos com alto conteúdo de gorduras antes de dormir. Caso contrário, estes ficarão muito tempo no estômago e a digestão progride com dificuldade durante o sono nocturno (distintamente do mesmo processo no intestino). Neste caso, a comida pode permanecer indigesta durante toda a noite e ali reproduzir-se-ão os micróbios, provocando inflamação das paredes do estômago e depois dos intestinos.

Devemos falar especialmente do consumo de ovos.

Primeiro, examinemos a afirmação de que não devemos comer ovos por razões éticas, porque destes poderiam ter nascido pintos! O que se passa é que os pintos não podem nascer dos ovos produzidos nos aviários, dado que a galinha doméstica é uma espécie única (criada pelo ser humano mediante selecção) cujas fêmeas põem ovos não fecundados, isto é, sem a participação dos galos. Os pintos não nascem de tais ovos. (Os galos são juntos com as galinhas nos aviários apenas para obter aqueles ovos que depois enviam para incubadoras para os incubar).

Tão pouco faz sentido rejeitar o consumo de ovos fecundados, posto que num ovo fecundado mas não incubado ainda não há um embrião e, portanto, não há uma alma encarnada. Tais ovos não sentem nem medo nem dor se um os cozinha.

Os ovos que comemos são simplesmente óvulos. E se um quer ter pena dos óvulos, tem que ter mais pelos óvulos humanos! Pois cada menstruação de uma mulher é a perda de um óvulo e, portanto, da possibilidade de nascer para um ser humano! Seguindo este tipo de reflexões, por acaso todas as mulheres devem estar “cronicamente” grávidas para não permitir a morte vã dos óvulos? (Não estou a falar a sério!)

Outra objecção contra o consumo dos ovos vem dos fisiologistas. Eles dizem que contêm muito colesterol e, portanto, o seu consumo causa inevitavelmente aterosclerose.

Em certa altura, eu pessoalmente participei (como auxiliar de laboratório) nas experiências sobre colesterol realizadas em ratazanas pelo académico N. N. Anichkov, as mesmas que depois lhe permitiram “condenar” os ovos. Naquele então eu pessoalmente provocava a aterosclerose nas ratazanas. No entanto, elas não foram alimentadas com ovos, mas sim com pó puro de colesterol misturado com manteiga. E as doses deste colesterol quimicamente puro eram enormes. Nós mediamo-las em gramas por cada porção. E isto para uma pequena ratazana! Claro que as ratazanas chegavam a ter aterosclerose, pois as doses de colesterol que elas recebiam superavam em biliões de vezes a dose de colesterol que recebe uma pessoa ao comer uns quantos de ovos por dia!

Na realidade, o colesterol é uma substância muito importante para o ser humano, porque a partir deste formam-se todas as hormonas sexuais tanto da mulher como do homem.

A propósito, podemos encontrar altas concentrações de colesterol não apenas nos ovos, mas também nos corpos dos animais (incluindo o corpo humano) nos quais este se gera e se acumula em diferentes partes, especialmente no fígado, no cérebro e na gordura.

Para descobrir a causa da aterosclerose, deveríamos indagar se as pessoas vegetarianas a têm.

As gorduras podem ter origem vegetal ou animal. Entre as últimas, estão a manteiga e as gorduras obtidas dos cadáveres dos animais. Devemos tê-lo em conta ao ler a literatura traduzida. O problema é que em russo nós consideramos a manteiga como gordura animal, mas em inglês esta pertence a um grupo separado. Nesta língua existem três palavras para descrever as gorduras segundo o seu tipo: oil, para as gorduras vegetais; butter, para a manteiga; e fats, para as gorduras que se encontram nos corpos ou que foram obtidas destes. Por tal motivo, nas traduções por vezes altera-se o sentido. Por exemplo, os cientistas, expondo por escrito em inglês as conclusões das suas investigações, dizem que o consumo das gorduras animais, segundo a sua estatística, aumenta significativamente o risco de cancro. Mas devemos entender que isto não tem nada a ver com a manteiga.

Tanto os óleos vegetais como a manteiga são proveitosos. Os primeiros contêm vitamina E e dissolvem os depósitos de colesterol quando estes já se formaram, e a manteiga é rica em vitaminas A e D.

Contudo, é melhor aquecer e fritar a comida usando precisamente a manteiga, e não os óleos vegetais*, já que estes se oxidam ao aquecer-se na presença de oxigénio formando produtos tóxicos; e quanto mais líquido o óleo, mais rapidamente se oxida.

Para além disso, existem as margarinas, que são uma mistura de diferentes gorduras. Se querem consumi-las, leiam primeiro a lista de ingredientes na embalagem.

Os alimentos com alto conteúdo em hidratos de carbono são todos os legumes, frutas, bagas, cereais, marmelada, mel, etc. Os vegetais e os cereais são ricos em celulose, importante para o funcionamento normal do intestino, e contêm diversas vitaminas, especialmente a vitamina C e as vitaminas do grupo B. Os açúcares contidos nestes produtos providenciam, entre outras coisas, a energia que pode ser utilizada rapidamente pelo organismo.

Actualmente, é amplamente conhecido que diferentes vitaminas essenciais do grupo B estão contidas no pão. Não obstante, devemos saber que estas vitaminas, da mesma forma que as proteínas, estão praticamente ausentes no pão feito com farinha refinada. Por esse motivo, o pão feito com farinha integral ou com a adição de farelo é muito mais benéfico.

O mesmo se passa com o arroz. É muito mais benéfico o arroz integral, porque contém uma grande quantidade de vitaminas do grupo B e proteínas.

Tendo dito o essencial sobre as vitaminas, adiciono que se consumimos leite, ovos, manteiga, óleos vegetais, pão (com o farelo), cereais, cenoura, frutas e bagas frescas, providenciamo-nos todas as vitaminas. No entanto, se temos dúvidas a respeito ou indicações especiais, podemos comprar na farmácia multivitaminas ou combinações particulares destas segundo a recomendação do médico especialista.

Uma atenção especial merece a vitamina C. Esta é importante para manter a imunidade do organismo e na ajuda contra doenças tais como a gripe, o resfriado e a faringite, entre outras. No entanto, devemos ter em conta que esta vitamina não é resistente ao calor. Portanto, ao fazer uma infusão de plantas medicinais que contêm vitamina C, das agulhas das coníferas ou dos frutos da rosa canina, por exemplo, não devemos ferve-las. O alho e a urtiga são outras grandes fontes desta vitamina.

Alimentando-nos variadamente, com leite, cogumelos e outros produtos, provemo-nos de diferentes minerais. Mas o alimento que sem dúvida contém todos estes é a laminaria*. Esta alga chega à Rússia em forma de conservas ou desidratada (esta última pode ser comprada nas farmácias). No entanto, para enriquecer a comida com minerais, um pode simplesmente adicionar água do mar ou sal marinho.

A vida de um amante e conhecedor da natureza não é apenas mais bela, sã e benéfica do ponto de vista do crescimento espiritual, mas também é mais económica! Tal pessoa fabricará necessariamente marmelada e mel de flores para o inverno e secará as ervas saborosas para fazer depois a sua própria infusão em lugar de a comprar. Mas ser-lhe-ão especialmente úteis os cogumelos.

Os cogumelos fritos ou cozinhados com água são muito saborosos, mas não são muito bem digeridos pelo organismo, porque os nossos fermentos digestivos não conseguem decompor com facilidade os invólucros das suas células. No entanto, sob a acção dos ácidos acético e láctico – numa marinada ou numa salmoura – os invólucros das células decompõem-se facilmente e então os cogumelos digerem-se muito bem.

Um até pode guardar os cogumelos salgados directamente no seu apartamento na cidade, só que deve tirar de maneira sistemática (aproximadamente uma vez por semana) a substância que se forma na superfície da salmoura. Não tentem salgar o Armillaria mellea sem outros cogumelos, porque este cogumelo não produz ácido láctico ao fermentar e por isso uma salmoura feita apenas com estes cogumelos cai mal. Não obstante, um pode salgá-los no mesmo recipiente com outros cogumelos ou mariná-los com vinagre e sal.

* * *

O mais importante quanto ao assunto da nutrição correcta é a observação do princípio fundamental ético: o não causar dano a outros seres. E apenas as pessoas que têm a compaixão desenvolvida para com a dor alheia poderão progredir no Caminho espiritual. É assim, porque Deus deixa aproximar-se à Sua Morada apenas aqueles que assimilaram o princípio do AMOR.

O estilo de vida compassivo foi ensinado já na China Antiga pelo Mestre Divino Huang-Di e depois por Pitágoras, por Gautama Buda e por Jesus Cristo* [10,14,18]. Recentemente, Deus também transmitiu esse conhecimento através de Babaji e Sathya Sai [10,14,18,19,42-51,58,60,64].

Parece que as palavras de Deus escritas no Corão contradizem a Sua opinião que mencionámos. Mas compreendamos que quando o islão se estabelecia no meio de permanentes batalhas, a situação não era apropriada para introduzir entre os rancheiros, os habitantes do deserto, um novo estilo de nutrição. Naquele tempo, Deus, Quem dirigia as acções do profeta Maomé, tinha outra tarefa: estabelecer a fé monoteísta naquela região da Terra. E só depois de o islão se estabelecer, surgiu para os muçulmanos a possibilidade de pensar no aspecto ético da sua alimentação.

Se um ignora a ética da nutrição, sofrerá com doenças cujos mecanismos estão previstos por Deus.

Assim, nos vasos sanguíneos, na pele e no tecido cartilaginoso depositar-se-ão gradualmente os sais de ácido úrico, provenientes em grandes quantidades dos pratos feitos de carne e de peixe. Esta doença chama-se gota e as suas manifestações são: a diminuição da memória, as dores de cabeça, as irregularidades do sono e da função sexual, a dor nos músculos e nas articulações. Adicionalmente, para desfazer-se do estado mental desagradável provocado por esta doença, muitas pessoas começam a fumar e a beber álcool.

Devemos ainda ter em conta o aspecto energético de tal nutrição, pois as energias cadavéricas obstruem os chakras e meridianos, o que interrompe a administração bioenergética de muitos órgãos e estimula a formação do cancro. Estas mesmas energias também afectam os órgãos digestivos provocando inflamações agudas, crónicas e úlceras e contribuem para o desenvolvimento de tendências psíquicas agressivas. A energia da consciência de tais pessoas torna-se mais grosseira e elas tornam-se incapazes de a refinar.

Como já discutimos, a famosa afirmação de que só a carne e o peixe contêm todas as proteínas necessárias é absolutamente infundada e é um índice da ignorância médica de todos aqueles que a sustêm, pois todos os aminoácidos essenciais para o ser humano se encontram também nos ovos e no leite.

A melhoria rápida do bem-estar daqueles que começam a praticar a nutrição “sem matança”, o desaparecimento das suas doenças e o aumento da sua capacidade de trabalho (em todas as suas manifestações) são as melhores provas da correcção deste tipo de nutrição.

Em troca, as pessoas que, satisfazendo a sua gula, comem os corpos de animais mortos, não têm porque ressentir-se depois da sua própria dor. Sim, desta maneira Deus ensina-nos o que é o Amor. Isto é a manifestação da “lei do karma”, segundo a qual aquele que não toma em conta a dor alheia terá que aprender a compaixão através da sua própria dor, através da sua experiencia pessoal..

Enquanto aos alimentos “limpos” – as plantas, o leite, os produtos lácteos e os ovos – a atitude eticamente correcta para com estes consiste em utilizá-los prudentemente, com respeito e sem os desperdiçar.

Para além disso, há que deixar de consumir álcool, substância que não contribui em absoluto à aproximação à Perfeição, e evitar o consumo excessivo de sal comum e das bebidas que contêm cafeína (café, cacau, chá). Tão pouco é recomendável fritar a comida usando óleos vegetais. E, claro está, não bebam urina, a que chegou a ser um alimento da moda na Rússia recentemente. O seu consumo sistemático envenena o cérebro e provoca perturbações mentais.

Então, que comer? Que alimentos incluir no “menu” da própria família e no de si próprio? Sem dúvida, cada um tem os seus gostos e os seus hábitos nutricionais. Mas para mim, durante o meu processo de formação espiritual, quatro produtos constituíam a base da minha alimentação. Eram o arroz, os cogumelos, os ovos e os tomates (frescos ou em forma de molhos e pastas). Para além disso, eu comia papas, maionese, verduras, cenouras, pão branco, marmeladas, bagas, manteiga, óleos vegetais, queijo, etc. Tal regime alimentar é nutritivo e proporciona suficiente energia para qualquer trabalho, incluindo o meditativo. Apenas nas últimas etapas da ascensão espiritual tive que renunciar aos ovos, porque a energia contida nestes não era adequada ao trabalho com a Morada do Criador.

E o último conselho: não pensem muito na comida! Depois de deixar a nutrição viciosa, estabeleçam um novo “algoritmo” e pensem em Deus, no Caminho na Sua direcção que inclui a serviço a Ele. Tenham o cuidado de não cair no erro, cometido por muitas pessoas, de direccionar a sua atenção apenas para as “regras da nutrição limpa” e esquecer desta maneira algo muito mais importante.

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