Sexologia/Início da vida sexual e casamento Início da vida sexual e casamentoEstou certo de que as noções básicas do conhecimento sexual devem ser ensinadas na escola. Graças a isto poder-se-ião evitar tantas calamidades pessoais! Isto concerne especialmente à primeira experiência sexual. Pois nem os rapazes nem as raparigas sabem como comportar-se neste caso! Daí as deflorações violentas, gravidezes não desejadas, a participação de menores nas relações sexuais, etc. Todos sabem, por exemplo, que realizar um acto sexual com uma menina que ainda não alcançou a puberdade é algo mau e inclusive criminoso. Mas, porquê? Que significa esta proibição? É apenas um dogma da moral que pode ser ignorado sem que “ninguém saiba”? Muito poucos varões no nosso país entendem que a causa para esta proibição não é moral, mas sim médica, anatómica! Os genitais femininos estão preparados para as relações sexuais apenas depois de que o organismo – a partir de certa idade – comece a produzir estrogénios intensamente. Sob a influência destes, os tecidos genitais começam a crescer, o que os prepara para as relações sexuais normais*; por isso, um acto sexual prematuro pode causar um grave dano aos orgãos genitais não maturos. Para as raparigas, o início da vida sexual implica a defloração ou rotura do hímen. Esta membrana, que fecha a entrada da vagina e que certamente não tem nenhum significado “religioso”, não é um “erro da natureza”, como foi afirmado por alguns autores, mas sim uma importante protecção contra várias impurezas e infecções. Tal protecção é especialmente importante a tenra idade, já que, antes da puberdade, o ambiente químico dentro da vagina é alcalino (da mesma maneira que durante a menstruação em idade mais avançada) e, em meio alcalino, ao contrário de em meio ácido, uma maior variedade de microorganismos patogénicos podem prosperar e multiplicar-se. Em troca, um meio ácido é natural (fora das menstruações) nas raparigas e mulheres sãs. A rotura do hímen ocorre geralmente durante a primeira relação sexual, e é um processo doloroso. A ética elementar requer que o varão minimize esta dor. Portanto, durante a defloração (rotura do hímen), ele deve entrar na vagina uma só vez e depois sair; os contactos sexuais subsequentes não estão permitidos até que a ferida sare, o que demora alguns dias. Quando a desfloração se realiza desta maneira, as sensações dolorosas são mínimas. Caso contrário, isto é, se o varão continua o coito, as sensações podem tornar-se extremamente dolorosas e provocar choque, e até mesmo a morte devido à dor, na mulher. A rapariga que está pronta a ser deflorada deve informar o seu companheiro da sua condição e, quiçá, até mesmo dar-lhe as instruções correspondentes. A falta de cuidado por parte do varão nesta situação sinalizaria um nível de desenvolvimento ético tão baixo que eu não recomendaria sequer continuar a comunicação com ele, quanto mais casar-se com esta pessoa. No ambiente religioso pervertido, podem exigir, como todos nós sabemos, que uma rapariga se case apenas sendo virgem, e que as duas pessoas contraiam matrimónio “ás cegas”, isto é, sem ter-se conhecido primeiro para estar seguros da sua compatibilidade sexual ou sequer da sua capacidade de conviver. No entanto, as pessoas espiritualmente desenvolvidas não podem partilhar desta opinião. É importante compreender que nem todos os casais podem encontrar a harmonia sexual. E sem tal harmonia e difícil imaginar uma vida familiar. Tenhamos em conta que algumas pessoas – tanto varões como mulheres – são absolutamente incapazes para as relações sexuais! Tão pouco devemos esquecer factores de incompatibilidade sexual, tais como variações anatómicas dos genitais, a incompatibilidade bioenergética e outros.
|
| ||||||||
|