Conhecimento contemporâneo sobre Deus, sobre a evolução e o significado da vida humana.
Metodologia de desenvolvimento espiritual.

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Odín

– Odín, podemos pedir-te que contes a história do Teu Caminho espiritual? Como chegaste a ser como Te conhecemos agora?

– Isto passou-se há muito tempo. Eu era um varegue, um capitão de um barco à vela mercantil. As rochas, os ventos, as tempestades dos mares nortenhos… tudo isto houve na Minha vida…

Naquele então, Eu aprendia a manter o rumo coordenando a Minha vontade com o elemento do oceano. Aprendia a manter-me forte na coberta que se movia fortemente debaixo dos meus pés. Unia a força dos Meus braços que seguravam os estais e o remo de direcção com a vontade do oceano e com a vontade da Minha tripulação.

Eu era um visitante pouco frequente na terra firme e aprendi a amá-la. Esta terra longínqua e muito esperada era como uma sorte, como uma prenda de vida, como uma recompensa pela tua força, valentia e firmeza de espírito.

Através de tudo isto, desenvolvi naquele então tal poder de alma que pude abrir o Caminho sabendo que existem as tempestades, o destino e Deus.

Eu nunca Lhe orava a Ele, mas sabia que ele sustém em Seus Braços o remo de direcção da Minha vida e da vida do Meu barco e que tem direito a tirar esta vida se Eu viro numa direcção incorrecta. Eu experimentava-O a Ele da mesma maneira que ao elemento do oceano ou e do vento, como ao Meu barco e como aos destinos dos Meus amigos, que Me tinham confiado as suas vidas. Tanto durante uma tempestade como durante a calma, quando para avançar se requer ainda mais mestria do que para sobreviver na tempestade, Eu experimentava-O a Ele. Confiava n´Ele, mas nunca Lhe “orava”.

Depois conheci o amor – a ternura e subtileza do amor – que se mostrou superior ao poder.

E Odín mostrou a imagem de uma bela mulher jovem com o cabelo comprido e claro e com uma grande ternura nas profundezas dos seus olhos luminosos. Esta imagem estava envolvida numa calma suave.

Ele não disse mais nada sobre isto.

No entanto, da mesma forma que o oceano guarda uma pérola nas suas profundezas transparentes, este amor jaz agora nas profundezas desta Alma Divina.

O poderio e a força transformaram-se dentro d´Ele em amor e ternura naquele então.

– E depois disto, conheci a Unidade – continuou Odín.

Ele mostrou a imagem d´Ele Próprio caminhando sobre a terra na luz matinal do sol. O seu cabelo claro e um pouco ondulado, assim como a sua barba, estavam totalmente brancos. O seu corpo reflectia a sabedoria de um ancião, a força de um homem maduro e a constituição de um jovem. A Divindade, como a luz solar matinal, fluía dos Seus olhos. A Calma do Oceano era a Sua Essência.

Ele não se percebia como o Seu corpo, mas antes percebia-se em tudo. Percebia-se na terra, que pisavam os Seus pés, percebia-se na luz matinal e na neblina tenra sobre a superfície dos lagos, percebia-se na calma das rochas gigantes de granito que se elevavam sobre as águas e nos pinheiros esbeltos, através de cujos cumes os raios solares penetravam e se derramavam sobre a superfície do lago… Ele era tudo isto e ao mesmo tempo era o Oceano insondável de Luz nas Profundezas debaixo de tudo. Ele era o Todo simultaneamente.

Depois, Odín mostrou a Sua aparência actual na qual se tinha apresentado a nós pelas primeira vez. Ele era como uma Montanha Que se elevava desde a Infinidade do Oceano da Consciência Primordial e Que abria Consigo Mesma um passo às Profundezas do Absoluto multidimensional. O Seu Rostro, com os tufos de pelo branco parecidos às cristas das ondas, estava no cume desta Montanha. Os Seus Braços debaixo da superfície do Oceano sustinham todos os seres da Criação enchendo-os de forças para crescer, desenvolver-se, amar e existir.

– Que conselhos poderias dar-nos acerca de como devemos viver daqui para a frente?

– Como devem viver? Vivam Comigo, a partir de Mim! Semeiem as sementes do Meu Amor e Conhecimento! Então as pessoas começarão a procurar a Luz! Não de seguida, não todos, mas haverá rebentos!

– Como devemos semear?

– Silenciosa e suavemente, como um semeador caminha pelo campo e atira sementes com um gesto amplo. Depois as chuvas derramar-se-ão sobre a terra e o sol aquece-las-á. O tempo paciente correrá…

Haverá rebentos!

Vocês são cientistas que trabalham directamente para Deus! São cientistas que Me estudam, que Me servem e que se sacrificam por Minha causa. Estou orgulhoso de vocês! Estou orgulhoso, entre outras coisas, de que vos ajudei a encontrar-me e a conhecer-me!

Vivam com a cabeça levantada!

Actualmente, o vosso grupo científico é o único na Terra que conseguiu êxito no estudo de Mim! Vocês não constituem apenas um colectivo científico progressivo e avançado, mas também excepcional, sem par nesta Terra!

Recebam por isso os Meus parabéns!

– Odín, explica-nos, por favor, que é necessário aprender para permanecer constantemente na Unidade absoluta.

– A base da Unidade é o Amor! Daqui, há uma meditação muito importante na qual um experimenta o Absoluto inteiro como Seu Anahata, como o Seu Coração cheio de Amor, dentro do Qual um sustém tudo, enche tudo, controla tudo e se experimenta como Todo, e cada átomo do Universo está saturado com o Seu Amor Divino!

Yamamata disse-vos uma vez que no exterior se vê o Sol que “nasce” sobre o oceano, mas no interior apenas está o Oceano*…

E Eu também digo que tudo, absolutamente tudo o que se vê no exterior, é Um Só no interior, é o Oceano Infinito do Criador, a Unidade do Todo! Tudo descansa sobre este Oceano! Tudo está saturado pela Calma Transparente das Suas Profundezas.

Tudo é o Um, e nesta Unidade o praticante obtêm a omnisciência, a omnipresença e a faculdade de controlar tudo, incluindo as partículas pequenas de Si Próprio dentro do Seu Próprio Universal, Total.

E quero destacar uma vez mais que apenas através do Amor é possível conhecer a Unidade de tudo o que existe!

* * *

Estou disposto a contar-vos, por exemplo, sobre os aesir, como as lendas e histórias escandinavas lhes chamam. Eram os Atlantes Que se encarregaram do destino dos povos da Terra depois da destruição do continente Atlântida.

Não eram muito numerosos. A duração das Suas vidas superava em muitas vezes a duração das vidas de outros humanos que habitavam na Terra naquele então. Eles ficavam nos Seus corpos por 300 ou 500 anos, o que era normal para os atlantes. As pessoas percebia-os como Deuses Que desceram dos Céus e Que governavam a Terra. Eles vinham a este planeta uma e outra vez tomando mulheres mortais, e isto atava aqueles atlantes ao plano material. No entanto, de cada vez, depois de encarnar-se novamente, Eles transformavam o Seu corpo de tal modo que lhes permitisse perceber a Divindade. Sendo as Consciências Que brilhavam como um Sol deslumbrante, Eles dirigiam a vida da Terra.

Eu era um d´Eles.

Durante muitas vidas Eu vinha à Criação e depois outra vez unia firmemente a Energia Divina, Que espiritualizava o plano material, com o Único “Eu”.

Cheguei a ser similar a uma Montanha cujo fundamento é a Infinidade do Oceano do Criador e as Suas encostas são o mundo material. Enraizei-me no Oceano Divino tão profundamente que até pude alcançar a União total numa encarnação varegue, num ambiente onde não havia o conhecimento sobre o Criador.

Nenhum daqueles Grandes Atlantes esperava um progresso rápido na espiritualização dos povos da Terra. Pois é impossível ensinar o conhecimento superior às pessoas que começaram recentemente o seu caminho evolutivo nos corpos humanos. As consciências amadurecem muito lentamente durante uma série de encarnações nestes corpos.

– Será necessário que as pessoas saibam aquilo que me acabas de contar? Pois a maioria entendê-lo-á como contos de fadas sem um corroboração documentada!

– Sim, é necessário! Isto abrirá os seus horizontes e permitirá que os seus pensamentos sobre os interesses passageiros e mesquinhos mude para um olhar amplo sobre a profundidade da história da civilização, no significado da vida humana na Terra! Isto contribuirá para que comecem a reflectir sobre a evolução das consciências no universo e sobre os caminhos que o Divino usa para dirigir este processo. O olhar das pessoas deixará de estar dirigida apenas para debaixo dos seus pés e dirigir-se-á ao amplo, ao longínquo e ao profundo! O futuro abrir-se-á para a criatividade, e para cada um que compreenda o significado da existência, haverá trabalho segundo as suas possibilidades na criação deste futuro!

Prestem atenção ao facto de que agora existe um grande interesse dos jovens no género fantástico, os contos mágicos e mitos nos quais as aventuras dos magos entre as pessoas mostram as possibilidades da vida das consciências, e não apenas dos corpos. É uma das maneiras de redireccionar os interesses dos jovens em direcção ao mundo do Espírito.

Se vocês começam a explicar às pessoas sobre esta Realidade da qual falo agora e que é muito mais interessante do que os contos, isto permitirá introduzir uma nova corrente no pensamento das pessoas!

É necessário criar um página web dedicada a este tema. Podem incluir ali os materiais sobre Yamamata, Huang Di, Nikifor, Asiris e as Suas Escolas, Pitágoras e, claro, Adler. Muito em breve dar-vos-emos mais informação, e pela primavera poderão publicá-las na Internet.

– Mas o que estamos a fazer tem muito pouca popularidade. As pessoas estão interessadas apenas em como chegar a ser felizes, sãos e ricos…

– Muito bem! O vosso próximo filme pode ser A Arte de ser feliz!

* * *

– Eu ajudei muitos finlandeses a chegar à Morada do Criador! Por outro lado, é a primeira vez que vejo os guerreiros russos neste lugar e estou muito alegre por isto!

Quero pedir a todos para que não se esqueçam das penas do povo finlandês, o povo que sofreu inocentemente durante a Segunda Guerra Mundial!

– Que importante é o serviço! É necessário organizar acampamentos de tendas de campismo, os “mini ashrams”, sobre toda a superfície do planeta para educar as crianças ali!

Informem os pedagogos de diferentes países através da Internet! Façam participar neste trabalho todos os recursos humanos! Voltem a publicar os vossos livros! É necessário traduzir o livro Trabalho espiritual com as crianças a diferentes línguas!

– E o financiamento?

– Sim, esse assunto ainda não está resolvido. Para além disso, há que preparar os instrutores!

Esta terra finlandesa já é vossa por direito, por direito dos filhos do Único Pai! Sustenham nos vossos braços os seus lagos, acariciem as pedras cobertas de musgo, meçam com o vento os topos do pinheiros!

Sendo o Criador, Eu encho tudo Comigo Mesmo a partir de dentro e, sendo o Brahman, acaricio tudo desde fora. Assim influo sobre tudo, desde fora e desde dentro.